Ele acorda às seis e meia
Desce correndo do seu prédio
Atravessa duas ruas,
Vai buscar o seu remédio
Quando escuta o barulho
Sai descalço e acelerado
Em direção daquela brisa
E do imenso mar salgado
Mergulha,
Esquece o mundão afora,
Quando voltar molhado da rua
A tristeza terá ido embora
Ondas com ressaca
Levam embora o cordão
Corpo jogado na areia
Joelho ralado no chão
Quando for se despertar
Desse mundo surreal,
Saberás que é um sonhador
A viver no Planalto Central.
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